Tinha de sobrar para cima de mim. Mas mais vale para cima de mim do que para cima do pequenino. Pior ainda, se fosse o pai a ficar doente. Tinha de ir encomendar o caixão e a coroa de flores. Também daria para escrever uma boa comédia dramática, ou assustadora, ou sobrenatural.
Mas sou eu que estou doente, e tenho de fazer jantar, tenho de dar toda a minha atenção, boa disposição, amor e carinho ao Rodrigo e ao pai, tal como se estivesse a 100%. Mas não estou. E o que fazemos quando estamos assim (refiro-me só a nós - MULHERES)?
Vamos buscar energia a um café, forças a todos os anjinhos, pedimos um pouco de paciência e compreensão à malta que habita em casa, tomamos comprimidos para camuflar esta sensação de desfalecimento.
Ou também podemos, simplesmente, enfiar dentro da cama até amanhã de manhã.
Eu não sei o que vou fazer. Mas seja lá o que for, vai ser aquilo que me apetecer.
Estou doente. Mereço ouvir com atenção o meu corpo.
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